A poucas semanas de entrar em 2025 e com a mudança na presidência dos EUA a passar para as mãos de Donal Trump voltamos novamente a ouvir rumores sobre a ligação entre o autismo e as vacinas.
Talvez não sejam apenas rumores, até porque Donald Trump já deu indicações a Robert F. Kennedy Jr., aquele que irá coordenar o Departamento de Saúde Americano para investigar mais e melhor a relação entre ambos: Vacinas e Autismo (ver aqui).
Para quem não está recordado ou informado, o artigo de 1998 do médico gastroenterologista Wakefield que trazia uma ligação entre determinadas vacinas e o autismo acabou por ser retratado em 2010. Mas estes doze anos foram desastrosos para as inúmeras crianças que não foram vacinadas, e que ainda continua a acontecer, apesar do desmentido cientifico do referido artigo (ver aqui). Mas também para todos aqueles com um diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo e que se vêm reféns de toda uma campanha de mentiras e informação falsa e falseada e que se traduz num retrocesso relativamente ao que foi conquistado ao longo dos anos nesta área.
Sendo que os esforços de financiamento para a investigação no autismo provêm em grande parte dos EUA. É com grande preocupação que assisto a este retrocesso sobre um assunto que se pensava cada vez mais distante. E pensar naquilo que é o efeito de contágio que estes movimentos têm na população em geral, mas também na comunidade cientifica, que ainda assim se vai deixando contaminar.
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