O autismo é politico, e nem sempre exercido da melhor forma. Muitos de vocês têm noção de estarmos em plena campanha para as eleições europeias. E como também muitos de vocês sabem e já assistiram, os/as candidatos/as durante estes períodos adjectivam-se fortemente com o intuito de denegrir o/a outro/a candidato/a. Mas como em tudo na vida há regras e limites para este arremessar de adjectivos.
Ora então, a candidata liberal alemã, Marie-Agnes Strack-Zimmermann, diz que o chanceler alemão Olaf Scholz. Ao que eu me pergunto - E então? Não o faço em alemão porque não o sei, mas continuo a fazê-lo em Português - E então?
Numa entrevista a candidata terá referido que nos últimos anos tem-se apercebido de que o chanceler terá traços autistas, tanto ao nível dos seus contactos sociais na politica, assim como na sua incapacidade de explicar as suas acções aos cidadãos. O que me leva a pensar que há muitos outros políticos com um perfil semelhante e que não são autistas. E como tal volto à primeira questão - O que é que tem se o chanceler é autista ou não?
A candidata continua na entrevista dizendo "Não se consegue chegar a ele, porque ele é manifestamente presunçoso!!". Para quem não sabe, no espectro do autismo há algumas características que podem ser confundidas como presunção, altivez, arrogância, pedantismo, etc. Contudo, sublinho a questão que podem ser confundidas, pois é importante poder ser feito um esforço por qualquer um de nós para ir ao encontro do que a outra pessoa poderá estar a expressar, seja ela autista ou não.
A entrevista é mais completa do que isto que aqui descrevo e qualquer um de vocês a poderá encontrar disponível online. Contudo, confesso que a salsicha alemã me ficou entalada na garganta. Espero que não se fiquem apenas por um retratar seja à pessoa do chanceler, mas também à própria comunidade autista. Mas que a situação possa servir de exemplo a corrigir na Sociedade.
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