"You got big dreams. You want fame. Well, fame cost. And right here is where you start payin'.....in sweat!". Sempre que começava a entoar a música da Irene Cara sentia que eu próprio conseguia fazer uma dupla pirueta de onde quer que estivesse para a frente da televisão. A emoção e a activação sentida era muita. Até ter percebido mais tarde que a dança não seria o meu caminho, mas ainda assim não deixei de dançar. Foram várias as vezes que ouvi dizer que o futuro da Psicologia seria catastrófico e que devia escolher algo que pudesse garantir o meu futuro. Bem, muitos de vocês não me conheceram na altura mas sabem onde é que eu estou agora. Foram muitos aqueles que apoiaram e continuam a apoiar o meu caminho de várias formas e com diferentes contributos e partilhas. Mas nem todos sentem essa mesma possibilidade mesmo que o seu desejo seja dançar, literal e metaforicamente falando. Ou seja, há um conjunto importante de pessoas autistas que escolhem o mundo das artes e mais especificamente da dança para seguir. Mas são muitos os entraves que encontram. E todos eles são bem piores que Miss Belle, a exigente professora de dança na série Fama. Desde o desconhecimento dos empregadores face ao que é o autismo. Ainda que muitos empregadores nesta área reconheçam posteriormente as fantásticas competências que muitos dos alunos autistas candidatos a dançarinos apresentam. Será preciso haver mais colaboração e disponibilidade para todos aprenderem. Mas as grandes barreiras ainda continuam a ser a percepção dos outros face ao autismo. A mesma barreira que pode servir para treinar o Battement tendu.
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