Há algumas coisas que rapidamente associamos ao Natal. Os chocolates é uma delas. E quem não gosta de chocolates? E quem não gosta, certamente que não pode não adorar a arte da confecção dos chocolates. Dessas pequenas relíquias, embrulhadas em papel de prata, folha de estanho, tal como Fernando Pessoa tão bem o escrevia "Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.".
E como a frase do Forrest Gump dizia, A vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai encontrar! Mas alguns de nós já sabem o que encontram dentro das caixas de chocolate. Alguns de nós já conhecem a própria diversidade que brilha dentro de cada uma dessas caixas de chocolates. Em que por mais que possam ter todos uma tonalidade semelhante. Ainda assim, as cores, os sabores e as próprias texturas e fragrância, todas elas são diferentes. Assim como na vida e na própria (neuro)diversidade humana!
Mas voltando às caixas de chocolates, existem muitos de nós que já sabem o chocolates que vêm dentro. Em jeito de metáfora, o que eu quero dizer, é que há muitas pessoas autistas que já parecem saber, até pela sua própria experiência, aquilo que lhes parece estar reservado para a vida. Nomeadamente, nas pessoas autistas adultas em relação ao mercado de trabalho. Mas esta estória de hoje acaba bem e doce, tal como os chocolates o são. Uma fábrica luxuosa de chocolates no Reino Unido, promove um programa de integração e contratação de pessoas autistas para os seus quadros. E ao ouvir a explicação da pessoa responsável por este processo, fico com a sensação do quanto fácil parece ser. Ainda que a realidade teime em nos mostrar que os objectivos ainda estão longe do desejado. Mas fica a sensação, tal como aquela que temos ao degustar um chocolate, o quanto doce a vida pode ser!
Um Feliz Natal a todos vocês!
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