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O autismo é politico

O Autismo n'Adulto (aka Pedro Rodrigues, psicólogo clinico) apoia e participa na lista Psis pelos Psis, que propõem a Ana Luisa Conduto ao cargo de Bastonária da Ordem dos Psicólogos Portugueses.


No dia 26 de setembro apresentámos a nossa lista e a equipa que se propõem contribuir para uma Ordem mais próxima, transparente e com desejo de mudança com o contributo de todos.


E porquê esta proximidade do autismo no adulto e uma lista que se propõem a criar uma mudança na Ordem dos Psicólogos Portugueses?


Ao longo destes anos a intervir como psicólogo clínico no autismo no adulto é comum ouvirmos colegas de profissão mencionar o desconhecimento sobre esta condição. Apesar de identificarem que no decorrer da sua formação universitária foi abordado o tema do autismo. A pouca profundidade com que foi leccionado, assim como a distância com aquilo que representa a realidade da heterogeneidade do autismo e da intervenção nesta condição. Todos estes aspectos fazem com que profissionais de psicologia clinica se sintam pouco ou menos preparados para darem uma resposta a estas pessoas. Esta questão não é diferente daquela sentida por outros profissionais de saúde seja a nível nacional e internacional.


Esta situação não é única para o autismo no adulto. Existe todo um conjunto de outras condições que vão em sentido semelhante e que se ouve os profissionais de psicologia clinica dizer que se sentem igualmente desprovidos de saber necessário para dar uma resposta adequada. Por exemplo, a necessidade de adaptação das terapias que estão validadas para a intervenção na depressão, mas que no caso das pessoas autistas precisam de ser repensadas. Assim como o facto de quando se trabalha com pessoas autistas adultas se acaba por ter de desenvolver um trabalho clinico orientado para todo um conjunto de comorbilidades.


Certamente que os psicólogos clínicos devem ao longo da sua actividade desenvolver um esforço na procura de uma formação adequada à realidade onde intervêm. Mas é fundamental que a Ordem dos Psicólogos Portugueses possa contibuir activamente para ir ao encontro dessas mesmas necessidades. E para isso é fundamental criar uma maior proximidade entre a Ordem, e mais especificamente os colégios das especialidades, neste caso o da psicologia clínica e da saúde e os próprios psicólogos clinicos. Sendo que essa proximidade deve assentar num espaço amplo de diálogo e que seja inclusivo.


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