Estou certo que muitos conhecerão a expressão que dá titulo a este post. E certamente não estou a falar de fobia especifica a agulhas. Nos últimos anos foram muitas as noticias, todas elas falsas, sobre a responsabilização de determinas vacinas na causa do Autismo. Não tem sido um processo fácil lutar contra Organizações e pessoas sem escrúpulos e que propagam informações que têm levado à morte de crianças por não terem sido adequadamente vacinadas. Agora com esta situação pandémica actual, e com o avanço do processo de vacinação, têm sido várias as vozes que se têm insurgido para apontar quem e ou não é pertencente aos designados grupos de risco. A situação vivida decorrente do COVID-19 tem atingido todos nós, e uns grupos mais em particular. As comunidade autista tem sido uma das mais afectadas neste processo e em várias frentes. Desde o facto de muitas crianças, adolescentes e adultos autistas terem visto interrompido os seus processos terapêuticos e com um impacto em termos da regressão de muitas das suas situações já em si preocupantes. Mas também porque se viram em muito afectados ao nível do próprio processo de ensino e aprendizagem com os seus apoios ao nível da Educação Inclusiva a serem reduzidos ou diminuídos na qualidade necessária. Além de todo um conjunto de dificuldades em muitos deles se conseguirem organizar, assim como as suas famílias no processo de aulas por videoconferência. Depois também houve a necessidade de utilização da máscara, recomendação para a população em geral, mas que no caso de muitas pessoas autistas, encontrou-se dificuldades ao nível das suas hipersensibilidades principalmente. A dificuldade em algumas destas pessoas conseguirem manter um distanciamento fisico adequado das pessoas, assim como algumas outras características que levam a uma maior dificuldade na compreensão de determinada informação. Tudo isto em conjunto faz com que as pessoas autistas sejam considerado um grupo de risco para serem incluídas na primeira fase de vacinação. Será fundamental que o Governo Português e as Autoridades de Saúde competentes possam atender às recomendações internacionais conhecidas sobre o assunto e possam repor esta situação. Para perceber mais em detalhe consultem a posição Oficial da Federação Portuguesa do Autismo sobre a não inclusão das pessoas com autismo na primeira fase de vacinação.
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