Precisamos de falar mais sobre os direitos humanos na saúde mental, diz Cláudia. Na maior parte das situações não somos sequer ouvidos, afirma João. As pessoas pensam que darem-nos dois ou três comprimidos duas vezes ao dia é aquilo que nós precisamos, contesta o Rui. Não percebem que nós temos sentimentos como qualquer outra pessoa, questiona a Clara. Direito a decidir qual a terapia que queremos fazer e ter algo a dizer sobre as decisões que as escolas e os profissionais de saúde tomam sobre a nossa vida, continua a Clara. E podermos ter iguais oportunidade ao longo da vida para poder ter hipótese de criarmos os nossos projectos de vida, remata o Carlos. Acesso ao mercado de trabalho sem ter de estar a justificar a nossa condição de saúde, afirma a Cláudia. Direito a habitação própria e poder ter condições para trabalhar e poder pagar a renda e participar na construção do meu país através do pagamento de impostos como qualquer outro cidadão, contesta o Rui. Podermos ser livres de amar quem escolhemos e não sermos proibidos de o fazer porque acham que não somos capazes de o fazer, propõem a Clara. Eu queria que as pessoas soubesse que eu não tenho a culpa de ter estes e outros comportamentos, e que além disso me orgulho de ser quem sou e de ter a minha identidade própria, diz o Carlos. Todos eles são pessoas autistas adultas. Todos eles são cidadãos com direitos e deveres. Todos eles têm os mesmos direitos que tu, percebes?!
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