Hoje celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental. Este ano sob a égide de - Saúde Mental para Todos. Na segunda feira retomo as consultas, em mais uma semana, e na próxima farei a mesma coisa, e assim sucessivamente. E todas as semanas, meses e anos, nestes últimos tempos continuo a verificar um conjunto de queixas semelhantes. Queixas essas que dizem respeito a direitos fundamentais das pessoas. O direito a ser reconhecido na sua condição através de um diagnóstico que seja feito em idade adequada e não somente na vida adulta. O direito a ser reconhecida na sua condição, independentemente de apresentar uma expressão comportamental algo diferente daquele que o homem no Espectro do Autismo apresenta. O direito a ter todo um conjunto de apoios necessário ao seu acompanhamento médico, psicológico e social, necessário à integração psicossocial na Sociedade, lugar de onde sempre procurou estar. O direito a ser reconhecido as suas escolhas, independentemente de algumas das mesmas poderem ser diferentes daqueles que as pessoas neurotipicas fazer. O direito a ser reconhecido a importância de uma vida autónoma e independente e o direito a habitação própria. Continuaremos todos a celebrar a saúde mental, não apenas no dia de hoje, mas também amanhã, na segunda feira, e por ai em diante. Mas poderíamos estar a celebrar outras situações se pudesse haver uma mudança em todos estes pontos anteriores. Sim, porque as pessoas autistas também gostam de celebrar. Se não sabia, é porque precisa de mudar.
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