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Autism chop suey: promoção da alegria no autismo

Arrisco dizer que é um dos desejos mais frequentemente pedido - Alegria. Ou então algo parecido, Felicidade, Bem-estar, etc., tal como alguns chop suey's que já provamos. Mas quando falamos de Autismo parece que mudamos radicalmente a "dieta" e deixa de haver "tempero" possível.

Para a ideia não ficar muito confusa eu não faço tenção de vos falar de receitas ou experiências culinárias. No entanto, quero falar acerca de algo que também não é muito comum ser abordado no Autismo - a promoção do Bem-estar e Alegria. Quando falamos do Bem-estar por norma abordamos pela negativa. Ou seja, a falta de bem estar no autismo ou de como as características comportamentais existentes no autismo causam mal estar no próprio e nas relações. Ao ponto da maioria dos estudos que estudam os resultados positivos das intervenções com autistas não procurarem analisar o Bem-estar (positivo) ou a Alegria. É quase como se fosse algo inconcebível, impossível de acontecer. Ao invés disso centramo-nos em estudar o decréscimo no número de sintomas, os níveis de funcionamento cognitivo e todas as outras competências sociais que se procuram desenvolver.


Sem dúvida que é fundamental desenvolver intervenções baseadas na evidência cientifica. E que estas mesmas intervenções conseguem diminuir a um nível significativo as dificuldades sentidas em grande número de casos. Promovem o aumento do comportamento adaptativo, diminuem os comportamentos desafiadores e a menor necessidade de suporte e uma maior percepção de inclusão.


Mas será que ser mais inteligente, competente, menos desafiador, mais independente e mais incluso, significa necessariamente que a pessoa seja também mais Alegre? Ou Feliz?


Apesar do conceito de Felicidade, Alegria ou outro similar poder ser mais subjectivo e dificil de conceptualizar e medir. Não é por isso que o mesmo não o possa ser e que o mesmo não exista nos autistas. Apesar de se saber que os autistas têm dificuldade no reconhecimento e diferenciação dos seus sentimentos, no global conseguem diferenciar entre sentimentos bons/positivos e maus/negativos. Desta maneira podemos explicar os circuitos de funcionamento dos sentimentos aos autistas e ajuda-los neste trabalho autonomizando-os e com isso levar a que eles próprios possam não só reconhecer mais também promover a sua própria Felicidade.

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