Hoje, dia 1 de junho, celebramos o dia da criança. Uma data especial para muitos de nós e certamente por diferentes razões. Seja por nos lembrar da importância de cuidarmos e mantermos a criança dentro de nós. Mas também de podermos recordar da importância de continuar a cuidar de todas as crianças. Seja no garantir dos seus direitos fundamentais, protecção e assistência necessárias, para que possam vir a assumir de forma plena as suas responsabilidades dentro da comunidade. Mas também de que deve haver um espaço, uma familia, que possa assegurar uma vivência de segurança. E que ajude a criança a preparar-se para uma vida independente na sociedade. E que esta possa ser educada num espirito de paz, tolerância, liberdade, dignidade e direito de se expressar livremente.
Todas as crianças são especiais, sejam aquelas que vivem para sempre no nosso coração, mas também aquelas que aprendemos a amar. Se têm dúvidas perguntem às mães e pais que conhecem. Mas também aos educadores, professores e profissionais de saúde.
No contínuo assegurar dos Direitos da Criança, é fundamental ter uma especial atenção, a todas aquelas que por uma razão ou outra apresentam uma qualquer condição de saúde, seja física ou mental. É o caso daquelas que apresentam um diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo. Até porque é sabido por muitos de nós, e em especial vivido por elas e pelas suas famílias, todo um conjunto de experiências negativas, e que diz em muito respeito à forma como todos nós lidamos com a diferença. Muitas das crianças autistas, que se tornam jovens e crescem para ser adultos autistas, sofrem de inúmeras situações de bullying ou cyberbullying, incompreensão dos colegas, professores, profissionais de saúde e familiares. Sentem que ao longo da infância, mas depois também durante a vida, são muitos, porventura demasiados, os desafios que lhe são colocados, para que possam ser aquilo que todas as crianças, jovens e também adultos desejam - ser felizes.
E não haja dúvida de que estas crianças autistas crescem e vivem uma vida longa. No exemplo das fotografias que acompanham este texto, podem ver aquele que foi a primeira criança a ser diagnosticada com autismo pelo Dr. Leo Kanner em 1938 - Donald Triplett. E como podem ver, também o Donald tinha uma mãe e um pai, que independentemente das dificuldades sentidas em o compreender, não deixaram ainda assim de o querer cuidar e ajudar a cuidar. E apesar de algumas das expressões faciais que podem levar alguns a dizer que não se estava a divertir. Também ele sentiu vontade de poder participar nas brincadeiras típicas com o seu irmão mais velho. E assim cresceu para se tornar adulto. E independentemente de poder continuar a precisar da ajuda do seu irmão mais velho para algumas tarefas, isso não retira em nada os seus direitos enquanto Pessoa.
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