A colmeia é uma sociedade de abelhas ou um abrigo para ou feito pelas abelhas. Mas a colmeia também é Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais de Cabo Verde (ver aqui).
Na colmeia, todas as abelhas trabalham para um objectivo comum, seja na produção do mel, mas também na protecção da abelha rainha e contribuem de forma única para a vida humana. Tal como na colmeia em Cabo Verde, há todo um conjunto de pessoas que trabalham com um objectivo comum de levar a que crianças, jovens e adultos com necessidades especiais e muitos deles com diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo possam criar e desenvolver um projecto de vida. Mas também que as pessoas na Sociedade possam estar mais sensibilizadas, conscientes e preparadas para entender o autismo e respeitar as pessoas com deficiência. E que os responsáveis políticos possam continuar a desenvolver esforços para possibilitar respostas adequadas às pessoas e famílias, nomeadamente no diagnóstico e intervenção precoce, mas igualmente ao longo do ciclo de vida.
Esta questão de pensar no espectro do autismo nos países Africanos de língua oficial Portuguesa (PALOP) é fundamental não somente pela importância das sinergias e das aprendizagens que possam ser conseguidas. Mas também pensar naquilo que são os desafios adicionais que as pessoas que vivem nestes países e que têm um diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo. Desafios que se prendem não apenas com as características do seu diagnóstico e do estigma face ao autismo e à saúde mental, mas também os desafios económicos de suporte para a avaliação e os acompanhamentos clínicos. Assim como nos profissionais que trabalham nestas áreas e que carecem de conhecimento e experiência nos instrumentos de avaliação e nas metodologias de intervenção mais adequadas para as diferentes idades.
Uma aprendizagem fundamental em qualquer colmeia é a importância da colaboração de todos, sejamos obreiras, larvas ou zangões. Assim como na Sociedade e na importância do papel de qualquer um de nós, estejamos perto ou um pouco mais longe. E tal como qualquer abelha, também nós podemos ser agentes polinizadores.
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